“Treinem as pessoas para se reunirem continuamente em oração. Acorde-os com súplicas incessantes. Há uma arte santa nisso.” (C. H. Spurgeon)

quarta-feira, 7 de março de 2007

“ ...agarrei-me a ele e não o deixei ir embora...” Ct 3.4


“... põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço...” Ct 8:6




Tenho lido a respeito de avivamento. Na realidade, tenho aprendido e observado que é algo muito além de nosso controle. É isso mesmo. Uma questão de decisão do Senhor em nos visitar! E com esta visita deixar sua marca!


Porém, Ele só visita àqueles que estão realmente interessados Nele. Interessados em sua presença; interessados em seu amor; interessados em receber sua marca que mudará completamente sua visão e atitudes. Enfim, suas vidas.


Deus simplesmente é sábio e perfeito. Quem diria que dentre os livros que compunha a Bíblia faz parte um que nem é tão explícito a respeito de Deus, os Cânticos dos Cânticos. Mas através de um livro essencialmente de poemas sublimes que exalta o romance e amor entre um casal, traz revelações profundas a respeito de como deve ser o relacionamento, ou a perfeita união, da Igreja com o seu Noivo Jesus.


E através do trecho citado acima, pode-se identificar as atitudes dos protagonistas do poema. Era o amor entre Sulamita e Salomão. Mas, por ora, quero analisar o comportamento desta mulher. Sabe, uma mulher forte e determinada, demonstrava seu amor de uma forma tão exuberante e motivadora. Ela não media esforços para procurar seu amado. Não ligava para o que iam pensar dela. Ela até despertava a curiosidade em outras donzelas para descobrir quem era seu tão desejado amado; para saber como ele era. Ela exaltava sua beleza e caráter. Era insaciável. Talvez não conseguisse se imaginar sem este homem. Ele era seu espelho, seu tudo.


“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” Ct 6.2


Ela perseguia todos os seus passos. Não de uma forma doentia que demonstrasse ciúmes. Mas de zelo. Sim, essa é a palavra, zelo. Zelo pelo seu amor e pessoa. O melhor de tudo é que esta busca não era de mão única, mas dupla. Ele também a amava e tinha prazer de sua companhia.
Em sua trajetória, estava vivendo um conflito angustiante devido a ausência de seu esposo e, por duas vezes, o buscou e não o encontrou. Buscou-o em seu leito e nas ruas. Mas na terceira tentativa... ah, ela finalmente conseguiu! E sabe o que ela fez? Sua alegria era tanta quando estava perto de seu amado que o agarrou e não o deixou ir embora!


Queridos, ela insistiu na sua procura. E ela conseguiu! Insistiu e ele veio! E ela simplesmente não o deixou partir! E nós? Quanto ao amado de nossas almas? Como tem sido o nosso amor por Ele? Qual tem sido o nível de relacionamento com Ele? Fraco, médio, ou, intenso, como o de Sulamita? O que estamos fazendo para ter sua Presença?


Sinceramente, estou enfadada com o que assistimos nas igrejas contemporâneas. Não quero me preocupar com igrejas que intitulam ano de maravilhas e que Deus vai fazer e acontecer. Campanhas disso ou aquilo. E se não acontecer? E se Ele não quiser que aconteça naquele momento? Não quero as mãos de Deus. Quero o amor de seu Filho, nosso Amado Jesus. Somos sua noiva! Quero me interessar por aquilo que Ele é mais do que tudo. Quero exaltá-Lo da maneira como Ele é digno e merece. Se possível sair pelas ruas como a Sulamita fez e despertar no coração de vidas a curiosidade de saber quem é este Jesus. Que amor é este tão forte que é capaz de me levar às ruas e compartilhá-lo.?Que amor é este que gera alegria e paz no coração. Cura mágoas. Virtude para perdoar. Esperança. Mudanças!


Sim, Jesus, como a Sulamita ansiou, eu também anseio pela a sua visitação. Como ela insistiu eu insistirei. E quando ela vier, quero agarrá-la e não deixá-la ir embora. Além de tê-Lo como marca em minha vida, em meu coração, em tudo que eu fizer e aonde eu for. Não deixarei sua Presença.

Um comentário:

Unknown disse...

...profundo e extremamente necessário para nossos dias atuais. Profundo porque é simplesmente antagônico ao que assistimos hoje em dia; Cristo é o centro e Ele sim deve ser o fenômeno. Sua presença em nossas vidas e o relacionamento íntimo, intenso e verdadeiro com Ele é o que cada cristão precisa de fato viver nesses dias de fim.