“Treinem as pessoas para se reunirem continuamente em oração. Acorde-os com súplicas incessantes. Há uma arte santa nisso.” (C. H. Spurgeon)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sintaxe à vontade

(...) todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto ou indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas é aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples
um sujeito e sua oração
sua pressa e sua prece
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição
é negar a si mesmo
e negar a si mesmo
é muitas vezes, encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...

tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?

Fernando Anitelli

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Galhos Secos

Estava nesta tarde orando a Deus de uma maneira intensa, o qual gosto muito. E confessei para Ele que precisava de sua ajuda pois não passo de um GALHO!

Sou simplesmente um frágil galho. Estive por um fio. Queimada pelo calor do sol do deserto. Agredida pelo seu imenso frio. Os ventos e as tempestades me fragilizaram e eu fiquei pendurada. Era balançada para lá e para cá pedindo socorro e misericória para que eu não pudesse me espatifar no chão desértico.

É... não passo de um galho seco, magrelo e sem vida todas as vezes em que deixo de permanecer Nele, em fé! Não tem forças para dar frutos ou flores!

Talvez eu seja um galho o qual ninguém consegue imaginar como é. Ainda bem que o Criador vê uma flor em mim brotar... esperança ... coisa que ultimamente nem eu imagino!

Estou sendo religada à minha origem, à minha árvore da Vida.


"Nos galhos secos de uma árvore qualquer
Onde ninguém jamais pudesse imaginar
O Criador vê uma flor a brotar
Olhai, olhai, olhai
Os lírios cresceram no campo
E o Senhor, nosso Deus
Os tem alimentado para nossa alegria
Para nossa alegria "

(Resgatados por Cristo)








segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Não tive fé suficiente para ...

Bem... há quanto tempo não volto aqui. Nao volto aqui nem mesmo para me "ver". Não volto aqui para "ver" os posts de meus amigos. A preguiça me persegue. Mas realmente quero voltar a escrever. 'Não quero que seja um tipo de"fogo de palha". Estive pensando nisto. Registrar algumas idéias minhas para a futura geração também, porque não? Só me desculpem... com a nova versão ortográfica ainda não tive tempo de estudá-la e logo atualizar minha escrita conforme às normas.


Tenho vivido uma fase bem difícil. Aliás, já algum tempo isto tem acontecido. Meu primeiro ano de campus missionário intensifica esta fase. Às vezes, a gente acha que está preparado e daí você começa a andar em um campo minado. Cheio de explosivos escondidos para acabar com sua vida, acabar com sua honra, acabar com todas as suas esperanças. Tem que se andar com cuidado pois  cada bobiada pode ser fatal! Posso dizer que dei várias bobiadas e fui bombardeada! Não fui cautelosa porque esqueci que para andar neste campo minano precisava ANDAR POR FÉ.

Todas as vezes que esqueço, sou bombardeada; e fico muito debilitada. Minha alma angustiada fica. Aumenta o desespero diante de Deus porque os estilhaços atigem as regiões dos meus olhos me impedindo de exergar direito. Esta é a palavra certa: desespero. Reprimo minha voz de choro. Mas como há o acúmulo deste, volto a chorar  desesperadamente. Tento encobrir a minha falta de fé. Tento diversas vezes justificar minha falta de fé!

Estilhaços atingem minha cabeça e não consigo raciocinar. Um turbilhão de pensamentos cretinos e indignos tomam controle de mim. O desespero aumenta, pois não sei o que fazer. A culpa foi minha! Não tive fé suficiente para andar no campo minado!

Grito porque preciso reconhecer que não dá pra viver sem fé! Não dá pra dar uma de esperta. Viver sem fé era antes de Cristo. A partir Dele só assim! Mas porque cedo me esqueço? Que vacilo, que vacilo! Eu poderia sofrer menos; me machucar menos!

Agora como estou? Da maneira prevista por Deus: desesperadamente buscando Aquele que pode reativar minha fé. Desesperadamente buscando recuperar meu escudo de proteção neste campo. Desesperadamente reconhecendo que não posso mais viver sem fé, senão morrerei! Distante de Deus ficarei.

Sou constrangida pela Graça Dele. Ele me perdoou e está me ensinando de novo, amorosamente, como se anda por fé.