“Treinem as pessoas para se reunirem continuamente em oração. Acorde-os com súplicas incessantes. Há uma arte santa nisso.” (C. H. Spurgeon)

domingo, 24 de junho de 2007


" Amar uma pessoa

significa vê-la como Deus pretendia que ela fosse" Dostoiévski

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Intimidade nas mãos do oleiro


“ dispõe-te e vai à casa do oleiro e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro e eis que ele estava entregue à sua obra sobre rodas. “ Jr 18.2

Deus me deu esta palavra no ano passado. E pela primeira vez observei um ponto diferente do qual estamos acostumados ouvir. Sempre visualizamos este episódio como o vaso sendo tratado por Deus; sendo moldado ou mesmo se submetendo àquilo que o oleiro quer.

Pois bem... desta vez observei algo diferente. Intimidade. Vi um oleiro completamente entregue à sua obra. Lembro neste momento do filme Ghost. Aquela artista alisava aquele barro, fazendo movimentos circulares e ovais. Estava intensamente concentrada naquela peça, naquela obra. Dedicava-se a ela. Dispensava tempo com aquele barro sem forma. Mas, o mais interessante é que aquele barro tinha o privilégio que monumentos de escultura de ferro não têm, que é o contato com seu oleiro. Assim como o oleiro sente o barro com todas as suas impurezas, o barro tem a oportunidade de se descobrir nas mãos deste artista. Há um toque ou contato de ambos. As mãos cuidadosas do oleiro sobre o barro e o barro nas mãos do oleiro. Isso reflete intimidade! Um momento em que ambos estão descobrindo tantas coisas. O oleiro percebe exatamente como aquele barro é; e o barro como são as mãos e os sentimentos daquele oleiro. As intenções daquele artifíce por ele.

Intimidade! Por exemplo, um casamento só se consome mesmo, conforme as leis, quando há a concepção física do casal. Foi o que vi! Deus entregue a mim e eu entregue a Deus. Não podendo escapar de seus movimentos, de seus toques de amor ardente de me ver um vaso útil. Um tempo gasto juntos. O tempo do começo. Quando nada tinha forma. Quando não tínhamos intimidade.

Que privilégio ter um oleiro entregue a mim; ter intimidade nas mãos do oleiro.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Não os meus, mas os deles

“ Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem” 1Co 10:24

“ assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos” v. 33.


Esta semana, Deus tem ministrado estas passagens em meu coração.

Observei a vida da pessoa que escreveu os textos acima, o apóstolo Paulo. Um homem que tinha tanta consciência de quem ele era em Cristo e do seu relacionamento com uma pessoa que não teve a oportunidade de caminhar junto enquanto estava na terra, senão persegui-lo. Mas era um imitador dele. Assim como Cristo era, Paulo procurou ser.

Quando deixava de fazer alguma coisa, na verdade, era por causa do outro e não de si mesmo. Era para não envergonhar, escandalizar, defraudar o outro. Limitava-se, não porque sua vida com Cristo fosse suspeita, mas para que o outro, que ainda não tinha uma identidade em Cristo, pudesse ser salvo, convertido, ter seus velhos hábitos de idolatria mudados. Toda a sua trajetória de alegrias, sofrimentos, perdas, labores foram em prol do outro. Principalmente dos “gentios”.

“ Porém, se alguém vos disser isto é coisa sacrificada a ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e da sua consciência ; consciência, digo, não a tua propriamente, mas a do outro.”

E fico me perguntando por quê nós não conseguimos imitar a este homem, como ele foi imitador de Cristo?

Por que pensamos demais em nossos próprios interesses? Quando muito, expressamos interesse pelo outro apenas quando ele tem algo que, na verdade, nos interessa. Considero isto , ainda, interesse próprio!

Minha irmã me contou que um dia ficou de cara no chão quando uma colega fez a seguinte pergunta para ela, ao emprestar um material que ela tinha pedido: - Vanessa, por que você só fala comigo quando é do seu interesse? (essa menina não conhecia a Jesus)
Tenho observado pessoas dentro e fora da igreja. E é incrível perceber como são totalmente voltadas para o interesse próprio! Não conseguem se interessar pelo que o outro está passando, pelo que está vivendo, na vida, nas lutas, nas tristezas, nas alegrias... e isto , vergonhosamente, me incluo! Em alguns momentos me pego assim e critico quem age assim.

Agora já tenho uma resposta porque a Igreja primitiva vivia isto: “ e da multidão dos que creram eram um só coração”. Havia interesse mútuo. Havia interesse pelo outro no emocional, no espiritual e no material.

“ Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Fp 2.3-4

“ prefiram em honra uns aos outros” Rm 12.10
Minha oração: Senhor, cantamos tanto que não queremos viver para nós mesmos e acho que a única pessoa que de fato experimentou isto foi Paulo, pois estava consciente de que viver para Cristo era estar em função, não somente de Deus, mas da conversão ,restauração e fortalecimento do outro. Como podemos ser vistos como teus discípulos sem buscar agradar os outros em tudo, como Paulo fez? Ele também era um homem falho. Gera em nós o interesse alheio. Anule em nós a indiferença. Choro porque às vezes me sinto tão indiferente aos interesses alheios. Porque vejo pessoas de títulos indiferentes aos interesses alheios. Perdoe-nos! Quero ver uma Igreja que seja conhecida como um só coração. Somente você pode gerar isto em nós. Temos tendência ao ego. Mude nossa visão instrospectiva para a tua. Mude nosso comportamento para o de Cristo e de Paulo. Quero ter a visão da Graça, acho que este o caminho...
Amém"

quinta-feira, 14 de junho de 2007

O ápice da entrega de Jesus

No meu discipulado de hoje não meditamos em uma só coisa. Conversamos sobre várias coisas e dentre elas surgiu o assunto a vida de Cristo. Tenho meditado muito de que maneira devo me humilhar e tomar minha cruz.


Discutimos como seria esta possível humilhação que precisamos ter. Uma humilhação que vai além de chorôrôs.


E chegamos à conclusão que essa humilhação está muito associada à entrega total; rendição total da alma. Em toda trajetória da vida de Cristo houveram manifestações de Jesus enquanto humano, quando ficou irritado ao ver o templo sendo utilizado por cambistas, indignações contra os fariseus, os religiosos, mas nada se compara ao que aconteceu, em Gólgota, antes de ser levado para ser crucificado e na cruz. Lá foi quando Ele exteriorizou completamente sua alma. Exteriorizou o que no fundo sentia a ponto de atingir seu corpo físico. Sentia angústia tremenda que foi humilde suficiente para, confessar-se triste profundamente e pedir para Deus impedir que ele vivesse o que estaria para viver. Estaria para morrer, anular-se por nós por meio da cruz condenadora, ainda que a sua alma gritasse nele dizendo que não valia apena aquela opção. Ali, depois daquelas orações feitas, Jesus estava rendido totalmente ao seu Pai. Estava totalmente à disposição dos planos de Deus embora tivesse manifestado o desejo da alternativa. E carregou a cruz. E, em seu segundo momento, na cruz, sentiu-se abandonado. Abandonado!


Isso que é humilhação! Exteriorizar todo o nosso sentimento diante de Deus, com sinceridade, sem rachaduras, transparência, liberando-se para os planos de Deus que não estão em compatibilidade com os nossos. Colocando em prática a sua Palavra dada no convívio humano. Quando a minha carne, a minha alma , que é sede de meus sentimentos diz eu não quero, não faço, meu senso de justiça diz que devo agir assim, eu penso assado, a verdade está a meu favor, os direitos são meus, quem viveu fui eu e etc, a Palavra dita exatamente como dever ser. Aí... eu tenho uma escolha a fazer: aceito o que ela diz e a deixo me abater para sua Justiça se feita e eu ser mudada; Ou, vivo sem manifestar Cristo em mim.


Acho que por isso devemos explodir todo o nosso sentimento diante do Senhor, chamar raiva de raiva, ódio de ódio, dor de dor, angústia de angústia, necessidade de necessidade, orgulho de orgulho, vaidade de vaidade, indiferença de indiferença... enfim, pecado de pecado, para carregar o símbolo de morte carnal : a cruz.


E para você ? Qual a sua visão de humilhação?



terça-feira, 12 de junho de 2007

É isso... trocar minha mochila pela Cruz!


Amor que alcança... quem diria que um dia minha vida mudaria!

Um dia estaria reunida com um grupo de amigos estudantes de diversas partes do Brasil para compartilhamos juntos de algo em comum: sede de Deus e ver o estabelecimento do Reino através de nós.

Deus me tirou do casulo e me mostrou o seu horizonte. Uma visão.

Como posso agradecer a Deus? Que lhe darei? Senão a minha vida!

Recebi mais do que esperava. Antes mesmo de estar lá. Ele me contou o seu segredo antes de eu ir e consumiu se querer.

Quantas ministrações, novos amigos!

A oficina que mais me impactou foi a da oração. Mais uma vez, Deus me chama para humilhação!

Em uma só palavra: HUMILHAÇÃO.

Quando, de fato, eu me humilhar mais, ser mais transparente diante Dele, cultivar sua atenção, sua intimidade com dedicação e empenho, que pode se prolongar ao longo do dia, estarei no caminho da Cruz. E terei autoridade sobre as nações.

É isso... trocar minha mochila pela Cruz! E me aventurar na oração. Falar e ouvir Deus.

Quanto mais eu me corresponder ao Senhor, mais Ele irá me falar as coisas ocultas que tanto almejo saber!

Quero ser como a Zoraide e o Fábio, quando crescer... hehehe

Congresso inesquecível, porque neste dia decidi entregar minha vida para ser resposta a esta oração.

" Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita" ( Mt 9.38)

sábado, 2 de junho de 2007

Peitoral da decisão

“ Toda vez que Arão entrar no Lugar Santo, levará os nomes dos filhos de Israel sobre o seu coração no peitoral das decisões, como memorial continuo perante o Senhor.” Ex 28.29

Na semana da CMO e de 24h de oração na casa de uma amiga, Deus me deu esta passagem. Me fez lembrar dela. Meditei a respeito do altar do incenso e da vida de um sacerdote.

O que me deixa muito feliz é perceber que Deus foi muito específico e detalhista para a construção do Tabernáculo. Tudo tinha que ser conforme Deus queria. Todos os elementos, ou objetos, da melhor qualidade, refinados. As roupas dos sacerdotes de igual modo.

Deus escolheu tudo: as pessoas para construírem o tabernáculo e aqueles que deveriam ministrar lá. Esses eram os sacerdotes. Primeiro foram consagrados com óleo por sete dias e depois deveriam vestir as vestes sacerdotais para ministrar no tabernáculo pelo povo de Israel. Tinham que queimar incenso pelos pecados do povo. Ou seja, na nossa linguagem, deveria orar, interceder, pelo povo.

Um elemento da parte da veste destes homens era o PEITORAL DA DECISÃO. Ele deveria estar sobre a estola sacerdotal. Este elemento tinha um palmo de cumprimento de todos os lados. E sobre haviam 12 pedras que representavam as tribos de Israel. Ao lado, duas pedras chamadas Urim e Tumim, que servia para consultar a Deus a respeito da vontade Dele para o povo. E os sacerdotes carregavam sobre o peito os nomes dos filhos de Israel diante de Deus todas as vezes que fossem ministrar.

Deus colocou em meu coração que fizesse um papel, com doze quadrados, e nestes para escrever os nomes de algumas pessoas ou nações para que regularmente pudesse apresentar diante Dele. Por quê? Hoje, assumimos a postura de sacerdotes diante de Deus. Ele nos escolheu para ministramos diante dele por vidas. Queimar incenso, um incenso que vem de Deus. Ele guiará nossas orações por estas vidas.

Quero estimulá-lo a fazer isto também! Você é sacerdote real, exclusivamente de Deus!
Apresente regularmente diante de Deus algumas vidas, pode ser: familiares, amigos, discípulos, discipuladores, irmãos na fé, pastor, igrejas, nações... não sei, mas pergunte a Deus.