“Treinem as pessoas para se reunirem continuamente em oração. Acorde-os com súplicas incessantes. Há uma arte santa nisso.” (C. H. Spurgeon)

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Não os meus, mas os deles

“ Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem” 1Co 10:24

“ assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos” v. 33.


Esta semana, Deus tem ministrado estas passagens em meu coração.

Observei a vida da pessoa que escreveu os textos acima, o apóstolo Paulo. Um homem que tinha tanta consciência de quem ele era em Cristo e do seu relacionamento com uma pessoa que não teve a oportunidade de caminhar junto enquanto estava na terra, senão persegui-lo. Mas era um imitador dele. Assim como Cristo era, Paulo procurou ser.

Quando deixava de fazer alguma coisa, na verdade, era por causa do outro e não de si mesmo. Era para não envergonhar, escandalizar, defraudar o outro. Limitava-se, não porque sua vida com Cristo fosse suspeita, mas para que o outro, que ainda não tinha uma identidade em Cristo, pudesse ser salvo, convertido, ter seus velhos hábitos de idolatria mudados. Toda a sua trajetória de alegrias, sofrimentos, perdas, labores foram em prol do outro. Principalmente dos “gentios”.

“ Porém, se alguém vos disser isto é coisa sacrificada a ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e da sua consciência ; consciência, digo, não a tua propriamente, mas a do outro.”

E fico me perguntando por quê nós não conseguimos imitar a este homem, como ele foi imitador de Cristo?

Por que pensamos demais em nossos próprios interesses? Quando muito, expressamos interesse pelo outro apenas quando ele tem algo que, na verdade, nos interessa. Considero isto , ainda, interesse próprio!

Minha irmã me contou que um dia ficou de cara no chão quando uma colega fez a seguinte pergunta para ela, ao emprestar um material que ela tinha pedido: - Vanessa, por que você só fala comigo quando é do seu interesse? (essa menina não conhecia a Jesus)
Tenho observado pessoas dentro e fora da igreja. E é incrível perceber como são totalmente voltadas para o interesse próprio! Não conseguem se interessar pelo que o outro está passando, pelo que está vivendo, na vida, nas lutas, nas tristezas, nas alegrias... e isto , vergonhosamente, me incluo! Em alguns momentos me pego assim e critico quem age assim.

Agora já tenho uma resposta porque a Igreja primitiva vivia isto: “ e da multidão dos que creram eram um só coração”. Havia interesse mútuo. Havia interesse pelo outro no emocional, no espiritual e no material.

“ Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Fp 2.3-4

“ prefiram em honra uns aos outros” Rm 12.10
Minha oração: Senhor, cantamos tanto que não queremos viver para nós mesmos e acho que a única pessoa que de fato experimentou isto foi Paulo, pois estava consciente de que viver para Cristo era estar em função, não somente de Deus, mas da conversão ,restauração e fortalecimento do outro. Como podemos ser vistos como teus discípulos sem buscar agradar os outros em tudo, como Paulo fez? Ele também era um homem falho. Gera em nós o interesse alheio. Anule em nós a indiferença. Choro porque às vezes me sinto tão indiferente aos interesses alheios. Porque vejo pessoas de títulos indiferentes aos interesses alheios. Perdoe-nos! Quero ver uma Igreja que seja conhecida como um só coração. Somente você pode gerar isto em nós. Temos tendência ao ego. Mude nossa visão instrospectiva para a tua. Mude nosso comportamento para o de Cristo e de Paulo. Quero ter a visão da Graça, acho que este o caminho...
Amém"

2 comentários:

Unknown disse...

lily, permaneça atenta nesse ponto, pois vc expos um problema que é muito,mas muito comum mesmo. Porém, por mais que às vezes alguém nos alerte como a colega da sua irmã fez ou até nós mesmos em algum momento, é difícil olhar para o próximo. Estamos em um tempo de procura por satisfação de interesses próprios de todos as formas mais mundanas possíveis. Criamos objetivos e não cessamos nesse círculo vicioso. A renúncia é algo distante, não renunciamos nem pelo nosso bem, quem dirá pelo bem do próximo...enquanto continuarmos nos rendendo às coisas deste mundo, mas que parecem mais insignificantes até as mais óbvias,

Unknown disse...

vamos continuar sendo extremamente medíocres, inconstantes, insensíveis...pior, hipócritas.

Eu já me incomodei com esse egoísmo que tenho, é ruim pq ainda continuo esgoísta, e é bom pq pelo menos eu já observei isso em mim...

Obrigada por escrever aqui com empenho. =)

Deus te guarde, amiga!!!!