“Treinem as pessoas para se reunirem continuamente em oração. Acorde-os com súplicas incessantes. Há uma arte santa nisso.” (C. H. Spurgeon)

terça-feira, 29 de maio de 2007

Seres e não Fazeres – Parte 1

Esta foi a frase que ouvi de uma amiga há poucos meses após ter exposto para ela como estava meu coração em relação a amizades. Na época, muito chateada. Ela ficou em minha mente e em meu coração. E ainda temos discutido sobre essa questão: relacionamentos.

Relacionamento é desafiador, é um risco, é bom, é perfeito e agradável ao Senhor e deve ser recíproco! Vem de Deus porque Ele deseja se relacionar conosco. Acabei de perceber como Deus se arrisca, se assim posso dizer(rs), ao investir em nossa amizade. Sabem por quê? Porque em seu investimento a reciprocidade nem sempre é a mesma, às vezes, o retorno é a longo prazo, é magoado e entristecido quando ignoramos sua presença, quando somos insensíveis àquilo que Ele sente. E Ele ainda, pacientemente, nos ouve a todas as nossas murmurações, anseios, dúvidas, percebe nossos erros, nossas atitudes, suporta-nos quando acordamos mal-humorados e nem sequer lembramos de dar-lhe um bom dia –rs, quando dormirmos sem falar com ele, ou sequer pedimos sua opinião nas pequenas coisas, e na maioria das vezes lembramos Dele em casos de emergência; E Ele continua a nossa disposição! Como pode?! Somos tão egoístas quando deixamos de querer saber o que está em seu coração, de saber como foi o dia Dele; pensamos somente em nós! Nós!

Quem se opõe a tudo que vem de Deus é o diabo! Então ele nos levará a viver de modo diferente daquilo que a bíblia ensina. Deus jamais será superficial em tudo que faz por uma simples razão: Ele não é superficial.

Caramba, meu Deus , como nós aprendemos com os nossos erros e circunstâncias da vida! Quantas não foram as vezes que me frustrei, me entristeci, não recebi a atenção que esperava receber, não tive o mínimo de retorno que esperava ter quando precisei, como já senti falta de que amigos me ligassem para saber como foi minha semana. Como o sentimento de ingratidão morou em meu coração e quantas vezes chorei de tristeza por causa deles. Já me senti só e nunca perceberam isto. Talvez, nunca tivesse dito isto para eles.

É como diz o poeta Vinícius de Moraes :

“ Filhos, filhos, para quê tê-los?
Mas se não tê-los como sabê-los?

E eu vou parafrasear dizendo:

“ amigos, amigos para quê tê-los?
Mas se não tê-los como sabê-los?”


E agora? Quase desisti de investir nos meus relacionamentos em função disto! Ninguém merece um relação sem reciprocidade, né?! Estava disposta apenas a um investimento superficial; teria contato com várias pessoa sim, mas jamais voltaria a me apegar e dedicar a eles! Seria melhor para mim e meu coração. Não me frustraria mais. Era fácil, o melhor escape. Me armar, me proteger sempre. Mas... se eu não tivesse declarado isto para uma amiga, não continuaria acreditando mais em relacionamento profundo!
Não posso me armar e deixar que o medo de viver tudo isto me impeçam de amar e conhecer vidas!

3 comentários:

Priis disse...

liliiiiiiiiiiiiiiii como vc falou pouco mas disse tudo!!!!!!!!!! o mais fácil sempre é ser radical...embora não pareça! Viver com limites é: viver com discernimento, saber constantemente o que Deus quer de nós, buscar a presença dEle o tempo o tempo INTEIRO!!!!!!!!!! Como podemos desperdiçar algo tão maravilhoso?????????? Como podemos nos ocupar tanto com coisas nada eternas a ponto de nos afastarmos e nos esquecermos do que temos de mais precioso??????????? Que tipo de poder é esse que o inimigo tem exercido sobre pessoas ue eram verdadeiros exemplos nesse sentido?????? É, quanto mais crescemos espiritualmente, mais temos que vigiar, pois o tamanho da queda é proporcional...

jupepper disse...

aiai ... é a mais pura verdade ... cobramos tanto dos outros ... queremos amor, queremos atenção e mts vezes Deus tá lá com tudo e nós rejeitamos ... que Ele seja meu melhor amigo ...

Lily disse...

Sim... que valorizemos a amizade de Jesus com uma intensidade maior que fazemos uns com os outros aqui!