“Treinem as pessoas para se reunirem continuamente em oração. Acorde-os com súplicas incessantes. Há uma arte santa nisso.” (C. H. Spurgeon)

domingo, 16 de setembro de 2007

Não impunha-lhes o Reino, por favor!

Ultimamente, à medida que tenho feito um evangelismo de iniciativa, percebo que muitas pessoas julgam ter uma vida com Deus com fato de estarem constantemente na igreja. Alegam não ter tempo para assumir um compromisso com Cristo. Mas, na verdade, o que querem dizer é que não têm tempo para estarem sempre na igreja como alguns parentes e amigos. Também afirmam que as pessoas, principalmente parentes tentam “empurrar”a “bíblia” ; tentam convencê-los de serem crentes! Condenando suas práticas, enfim, sua vida.

Sabem, fico neste momento tentando imaginar Jesus diante daquela mesa de pecadores com quem se assentou condenando-os, mostrando-se como o Todo Poderoso ali, portanto exigindo reverência; ou mesmo, diante daquela multidão fazendo-a “engolir” tudo o que dizia. Ao contrário, recebia-os, ouvia-os, compreendia-os em suas enfermidades, mesmo sabendo o porquê de todas aquelas calamidades estarem acontecendo: a conseqüência da desobediência do homem na humanidade.

Às vezes, pecamos mais do que os pecadores!! Sim, matamos mais do que os assassinos!! Sim, porque nós, os cristãos legalistas, tradicionais, ou não, cismam em continuar a pregar um evangelho de “ordenanças”: não faça isto, não faça aquilo, não pode, você tem que “aceitar” a Jesus. Será mesmo que vai ser desta forma? O que adianta falar desta forma se não há sabedoria? O que adianta falar desta forma se não testemunho de vida e experiências? Será que Jesus é mercadoria? Em que as pessoas tentam convencer as outras de levarem para casa e assim fazendo ganham um bônus no céu?

Precisamos entender qual é o nosso papel e o papel do Senhor. Quem nós somos e quem é o Senhor. Temos que defender o evangelho da Graça. Um evangelho que os tradicionais e legalistas não entendem, mas o Evangelho de Jesus. As ações de Jesus. Um evangelho que não isenta o pecador, mas liberta-o para não pecar mais.

Tenho descoberto a respeito de conhecer a Jesus em uma dimensão além dos meus limites. Cometemos o erro de achar que ao evangelizarmos alguém ele irá conhecer a Jesus e reconhecer sua condição pecadora apenas no que estamos falando. Eu disse apenas. E sabemos que tudo o que vem de Deus é espiritual, a Palavra de Deus é Espiritual, portanto, o homem sem um esclarecimento, ou, entendimento espiritual jamais entenderá o que há nela. Também, sabemos que todo o querer e o realizar vêm de Deus, é Ele quem gera isto no interior do homem. Onde quero chegar com isto, é que ainda que sejamos instrumentos como vozes de Deus, o outro só vai reconhecer que precisa de Jesus independente do que seja ou do que faça se houver uma revelação da parte do próprio Deus. Só haverá desejo de conhecer a Jesus, se isto for gerado pelo Próprio Deus. A verdade, é que o deus deste século cega o entendimento das pessoas, por isso, não PODEMOS FORÇAR NINGUÉM A RECEBER ALGO QUE VAI ALÉM DE NOSSA eloqüência bíblia, ou de seu entendimento humano. É um conhecimento de algo que só pode ser revelado pelo Senhor.

“... ninguém conhece plenamente ao Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar” Mt 11:25-27

( continuarei na próxima postagem...)

Um comentário:

Wesley Cunha disse...

Amém Lili! Muito bom o texto. Só mesmo quem vive a prática do evangelismo começa a perceber as reclamações do legalismo que muitas vezes cega mais do que cura.

Que Deus te abençoe!